Centauros


Na mitologia grega, os centauros (em grego Κένταυρος Kentauros, «matador de touros», «sem fortes», plural Κένταυρι Kentauri; em latim Centaurus/Centauri) são uma raça de seres com o torso e cabeça de humano e o corpo de cavalo.
Viviam nas montanhas de Tessália e repartiam-se em duas famílias. Uma, os filhos de Ixiom e Nefele, a nuvem de chuva, que simbolizavam a força bruta, insensata e cega. Alternativamente, consideravam-se filhos de Kentauros (o filho de Ixiom e Nefele) e algumas éguas magnésias, ou de Apolo e Hebe. Conta-se que Ixiom planejava manter relaçôes sexuais com Hera, mas Zeus, o seu marido, evitou-o moldeando uma nuvem com a forma de Hera. Posto que Ixiom é normalmente considerado o ancestral dos centauros, pode se fazer referência a eles poeticamente como Ixiónidas. Outra, os filhos de Filira e Cronos, dentre os quais o mais célebre era Quirão, amigo de Héracles, representavam, ao contrário, a força aliada à bondade, a serviço dos bons combates.
Os centauros são muito conhecidos pela luta que mantiveram com os lapitas, provocada pelo seu intento de raptar Hipodamia no dia da sua boda com Piritoo, rei dos lapitas e também filho de Ixiom. A discussão entre estes primos é uma metáfora do conflito entre os baixos instintos e o comportamento civilizado na humanidade. Teseu, um herói e fundador de cidades que estava presente, inclinou a balança do lado da ordem correcta das coisas, e ajudou Piritoo. Os centauros fugiram. (Plutarco, Teseo, 30; Ovidio, As metamorfoses xii. 210; Diodoro Siculo iv. 69, 70.) Cenas da batalha entre os lapitas e os centauros foram esculpidas em baixorrelevos no friso do Partenão, que estava dedicado à deusa da sabedoria Atena.

Dragoes


Dragões ou dragos (do grego drákon, δράκωυ) são criaturas presentes na mitologia dos mais diversos povos e civilizações. São representados como animais de grandes dimensões, normalmente de aspecto reptiliano (semelhantes a imensos lagartos ou serpentes), muitas vezes com asas, plumas, poderes mágicos ou hálito de fogo. A palavra dragão é originária do termo grego drakôn, usado para definir grandes serpentes.
Em vários mitos eles são apresentados literalmente como grandes serpentes, como eram inclusive a maioria dos primeiros dragões mitológicos, e em suas formações quiméricas mais comuns. A variedade de dragões existentes em histórias e mitos é enorme, abrangendo criaturas bem mais diversificadas. Apesar de serem presença comum no folclore de povos tão distantes como chineses ou europeus, os dragões assumem, em cada cultura, uma função e uma simbologia diferentes, podendo ser fontes sobrenaturais de sabedoria e força, ou simplesmente feras destruidoras.
Desconhecem-se evidências concretas que fundamentem a existência de dragões semelhantes aos construídos pelo imaginário dos diversos povos, porém existe um réptil chamado dragão-de-komodo que possui feições parecidas com os dragões da cultura européia, apesar da ausência de asas. Dentro dos registros paleontológicos, o que mais se aproximou foram os répteis voadores pterossauros.

Ciclopes


Os ciclopes, grego Κύκλωψ, pelo latim Cyclope) são gigantes com um só olho no meio da testa. Segundo um hino de Calímaco, eles eram ferreiros e trabalhavam com Hefesto forjando raios para Zeus. Já de acordo com a Teogonia, de Hesíodo, havia apenas três ciclopes, representando o som do trovão, o clarão do relâmpago e o raio. Na Odisséia, de Homero, por sua vez, os ciclopes são caracterizados como filhos de Posídon, compondo uma raça de seres isolados, evitados e temidos que vivem como pastores numa ilha do Mediterrâneo.
Segundo essa tradição, os ciclopes viviam numa ilha em que Ulisses desembarcou. Um desses ciclopes, o Polifemo, matou e devorou alguns marinheiros que voltavam da guerra de Tróia. Eles também praticavam antropofagia, por isso os homens mantinham-se afastados deles.
Os ciclopes teriam sido mortos, segundo a mitologia grega, por Apolo. Este os matou, pois Zeus, seu pai, matou Asclépio (que ressuscitou alguns mortos), filho de Apolo, com os seus raios. Apolo, não podendo matar o pai, vingou-se nos ciclopes que indiretamente, mataram Asclépio (os ciclopes fizeram os raios usados para matar o filho de Apolo). Conta a história que o ciclope fechou Ulisses e seus companheiros dentro da gruta e enquanto ele dormia, eles cegaram-no. No dia seguinte, o ciclope acordou e viu que estava cego e ficou irritado. Depois de tanto se lamuriar, abriu a entrada da gruta (que era uma pedra) e deixou sair as suas ovelhas para que fossem pastar. Ulisses atou-se a ele e aos seus companheiros no dorso das ovelhas e assim lá conseguiu passar.

[editar] Outras histórias
Para Hesíodo os ciclopes eram três, filhos de Urano, o céu, e de Gaia, a terra. Chamados Brontes, Estéropes e Arges, forjaram os raios para Zeus e o ajudaram a derrotar seu pai, Cronos. Homero os descreveu na Odisséia como filhos de Posêidon, deus das águas, pertencentes a uma raça de pastores selvagens que habitavam a longínqua ilha de Trinacria, provavelmente na Sicília. Para escapar com vida da fúria dos monstros, Ulisses cegou seu chefe, Polifemo. São freqüentes as representações desses personagens míticos nos vasos e baixos-relevos antigos; nas pinturas de Pompéia, são representados com os raios próprios dos deuses.

Tanatos


Na mitologia grega, Tânatos ou Thanatos era a personificação da morte, enquanto Hades reinava sobre os mortos no mundo inferior. Era conhecido como Morte entre os romanos.
Diz-se que Tânatos nasceu em 21 de agosto sendo a sua data de anos o dia favorito para tirar vidas.
Tânatos era filho de Nix, a noite, e Érebo, a noite eterna do Hades. Era irmão gêmeo de Hipnos, o deus do sono e era representado como uma nuvem prateada ou um homem de olhos e cabelos prateados. Tânatos tem um pequeno papel na mitologia, sendo eclipsado por Hades. Tânatos habitaria os campos elísios junto cTânatos na história de Sísifo
Sísifo despertou a raiva de Zeus, pois Zeus havia se metamorfesado em águia e sobrevoado o reino de Sísifo com Egina, filha de Asopo, depois quando Asopo perguntou a Sísifo se havia visto Egina, ele contou em troca de uma fonte de água. Então Zeus enviou Tânatos para levá-lo ao Hades. Porém Sísifo conseguiu enganar Tânatos, elogiou sua beleza e pediu-lhe para deixá-lo enfeitar seu pescoço com um colar, o colar, na verdade, era uma coleira, com a qual Sísifo manteve a morte aprisionada ao mesmo tempo evitando que qualquer outra pessoa ou ser vivo morresse. Desta vez Sísifo arranje encrenca com Hades, o deus dos mortos, e com Ares, o deus da guerra, que precisava da morte para consumar as batalhas.
Tão logo teve conhecimento, Hades libertou a morte e ordenou-lhe que trouxesse Sísifo imediatamente para o mundo dos mortos.

[editar] Tânatos na lenda de Midas
Conta-se que o rei Midas (conhecido por Dionísio tê-lo cedido o dom de transformar em tudo que encostava em ouro, que mais tarde lhe foi retirada pelo deus), estava morrendo e então recebe em seu palácio o herói Héracles. Logo Tânatos é enviado para pegar a alma de Midas, mas Héracles o expulsa de lá.om seu irmão Hipnos.

Afrodite


De acordo com o mito teogônico mais aceito, nasceu quando Urano (pai dos titãs) foi castrado por seu filho Cronos, que atirou os genitais cortados de Urano ao mar, que começou a ferver e a espumar, esse efeito foi a fecundação que ocorreu em Tálassa, deusa primordial do mar. De aphros ("espuma do mar"), ergueu-se Afrodite e o mar a carregou para Chipre. Por isso um dos seus epítetos é Kypris. Assim, Afrodite é de uma geração mais antiga que a maioria dos outros deuses olímpicos. Em outra versão (como diz Homero), Dione é mãe de Afrodite com Zeus, sendo Dione, filha de Urano e Tálassa.

[editar] Casamento
Após destronar Cronos, Zeus ficou ressentido pois tão grande era o poder sedutor de Afrodite que ele e os demais deuses estavam brigando o tempo todo pelos encantos dela, enquanto esta os desprezava a todos. Como vingança e punição, Zeus fê-la casar-se com Hefesto, (segundo Homero, Afrodite e Hefesto se amavam, mas pela falta de atenção, Afrodite começou a trair o marido para melhor valorizá-la) que usou toda sua perícia para cobri-la com as melhores jóias do mundo, inclusive um cinto mágico do mais fino ouro, entrelaçado com filigranas mágicas. Isso não foi muito sábio de sua parte, uma vez que quando Afrodite usava esse cinto mágico, ninguém conseguia resistir a seus encantos.

[editar] Relacionamentos e filhos
Alguns de seus filhos são Hermafrodito (com Hermes), Eros (deus do amor e da paixão) dependendo da versão, é filho de Hefesto, Ares ou até Zeus (com Zeus, apenas quando Afrodite é filha de Tálassa), Anteros (com Ares, a versão mais aceita ou com Adônis, versão menos conhecida), Fobos, Deimos e Harmonia (com Ares), Himeneu, (com Apolo), Príapo (com Dionísio) e Enéias (com Anquises). Os diversos filhos de Afrodite mostram seu domínio sobre as mais diversas faces do amor e da paixão humana. Afrodite sempre amou a alegria e o glamour, e nunca se satisfez em ser a esposa caseira do trabalhador Hefesto. Afrodite amou e foi amada por muitos deuses e mortais. Dentre seus amantes mortais, os mais famosos foram Anquises e Adônis, que também era apaixonado por Perséfone, que aliás, era sua rival, tanto pela disputa pelo amor de Adônis, tanto no que se diz respeito de beleza. Vale destacar que a deusa do amor não admitia que nenhuma outra mulher tivesse uma beleza comparável com a sua, punindo (somente) mortais que se atrevessem comparar a beleza com a sua, ou, em certos casos, quem possuisse tal beleza. Exemplos disso é Psiquê e Andrômeda.

[editar] Cárites
Ver artigo principal: Cárites
Na mitologia grega, Afrodite era acompanhada pelas Cárites, ou Graças como eram também conhecidas. Seus nomes eram Aglae ("A Brilhante", "O Esplendor"), Tália ("A Verdejante") e Eufrosina ("Alegria da Alma")

Museu Arqueológico Nacional de Atenas

[editar] Culto
Suas festas eram chamadas de afrodisíacas e eram celebradas por toda a Grécia, especialmente em Atenas e Corinto. Suas sacerdotisas eram prostitutas sagradas, que representavam a Deusa, e o sexo com elas era considerado um meio de adoração e contato com a Deusa. Seus símbolos incluem a murta, o golfinho, o pombo, o cisne, a romã e a limeira. Entre seus protegidos contam-se os marinheiros e artesãos.
Com o passar do tempo, e com a substituição da religiosidade matrifocal pela patriarcal, Afrodite passou a ser vista como uma Deusa frívola e promíscua, como resultado de sua sexualidade liberal. Parte dessa condenação a seu comportamento veio do medo humano frente à natureza incontrolável dos aspectos regidos pela Deusa do Amor.

[editar] Deusas relacionadas
Afrodite tem atributos comuns com as deusas Vénus (romana), Freya (nórdica), Turan (etrusca), Ishtar (mesopotâmica), Inanna (suméria) e com Astarte (mitologia babilônica).

[editar] Curiosidades
Afrodisíaco vem de Afrodite.
Á Afrodite eram consagradas as Rosas.

Gáia


Gaia, Géia ou Gê era a deusa da Terra, como elemento primordial e latente de uma potencialidade geradora quase absurda. Segundo Hesíodo, ela é a segunda divindade primordial, nascendo após Caos.
Tal como Caos, Gaia parece possuir uma natureza forte, pois gera sozinha, Urano, Pontos e as Montanhas. Hesíodo sugere que ela tenha gerado Urano com o desejo de se unir a alguém semelhante a si mesma em natureza. Isso porque Gaia personifica a base onde se sustentam todas as coisas, e Urano é então o abrigo dos deuses "bem-aventurados".
Com Urano, Gaia gerou os 12 Titãs, após, os Ciclopes e os Hecatônquiros (Gigantes de Cem Mãos). Sendo Urano capaz de prever o futuro, temeu o poder de filhos tão grandes e poderosos e os encerrou novamente no útero de Gaia. Ela, que gemia com dores atrozes sem poder parir, chamou seus filhos Titãs e pediu auxílio para libertar os irmãos e se vingar do pai. Somente Cronos aceitou. Gaia então tirou do peito o aço e fez a foice dentada. Colocou-a na mão de Cronos e os escondeu, para que, quando viesse Urano, durante a noite não percebesse sua presença. Ao descer, Urano, para se unir mais uma vez com a esposa, foi surpreendido por Cronos, que atacou-o e castrou-o, separando assim o Céu e a Terra. Cronos lançou os testículos de Urano ao mar, mas algumas gotas caíram sobre a terra, fecundando-a. Do sangue de Urano derramado sobre Gaia, nasceram os Gigantes, as Eríneas e as Melíades.
Após a queda de Urano, Cronos subiu ao trono do mundo e libertou os irmãos. Mas vendo o quanto eram poderosos, também os temia e os aprisionou mais uma vez. Gaia, revoltada com o ato de tirania e intolerância do filho, tramou uma nova vingança.
Quando Cronos se casou com Réia e passou a reger todo o universo, Urano lhe anunciou que um de seus filhos o destronaria. Ele então passou a devorar cada recém nascido por conselhos do pai. Mas Gaia ajudou Réia a salvar o filho que viria a ser Zeus. Réia então, em vez de entregar seu filho para Cronos devorar entregou-lhe uma pedra, e escondeu seu filho em uma caverna.
Já adulto, Zeus declarou guerra ao pai e aos demais Titãs com a ajuda de Gaia. E durante 10 anos nenhum dos lados chegava ao triunfo. Gaia então foi até Zeus e prometeu que ele venceria e se tornaria rei do universo se descesse ao Tártaro e libertasse os 3 Ciclopes e os 3 Hecatônquiros.
Ouvindo os conselhos de Gaia, Zeus venceu Cronos, com a ajuda dos filhos libertos da Terra e se tornou o novo soberano do Universo. Todavia, Zeus realizou um acordo com os Hecatônquiros para que estes vigiassem os Titãs no fundo do Tártaro. Gaia pela terceira vez se revoltou e lançou mão de todas as suas armas para destronar Zeus.
Num primeiro momento, ela pariu os incontáveis Andróginos, seres com quatro pernas e quatro braços que se ligavam por meio da coluna terminado em duas cabeças, além de possuir os orgãos genitais femininos e masculinos. Os Andróginos surgiam do chão em todos os quadrantes e escalavam o Olimpo com a inteção de destruir Zeus, mas, por conselhos de Têmis, ele e os demais deuses deveriam acertar os Andróginos na coluna, de modo a dividi-los exatametne ao meio. Assim feito, Zeus venceu.
Em uma outra oportunidade, Gaia produziu uma planta que ao ser comida poderia dar imortalidade aos Gigantes; todavia a planta necessitava de luz para crescer. Mas ao saber disto Zeus ordenou que Hélios, Selene, Éos e as Estrelas não subissem ao céu, e escondido nos véus de Nix, ele encontrou a planta e a destruiu. Mesmo assim Gaia incitou os Gigantes a colocarem as montanhas umas sobre as outras na intenção de subir o céu e invadir o Olimpo. Mas Zeus e os outros deuses venceram novamente.
Enfim, Gaia cedeu e acordou com Zeus que jamais voltaria a tramar contra seu governo. Dessa forma, ela foi recebida como uma deusa Olímpica.
Gaia é a personificação do antigo poder matriarcal das antigas cultura Indo-Européias. É a Grande Mãe que dá e tira, que nutre e depois devora os próprios filhos após sua morte. É a força elementar que dá sustento e possibilita a ordem do mundo.

Tífon


Tifon , deus grego da seca (filho de Tártaro e de Gaia), simbolizava o elemento Ar em sua forma mais furiosa, os furacões. Foi criado em Delfos e era inimigo hereditário dos deuses, principalmente de Zeus, por quem mantinha um ódio cruel. (Há versões que contam que Hera, a esposa de Zeus, foi ludibriada por Gaia, visto Gaia saber que a deusa queria destronar o marido. Hera teria recebido uma semente de Gaia, e tendo plantado esta, teria nascido Tifon da terra.) Tifon era maior que todas as montanhas e o corpo, cercado de plumas, era rodeado de serpentes (Há versões que dizem que seus dedos eram cabeças de dragão com línguas pretas, que soltavam centelhas de fogo pelos olhos e gritos de animal selvagem.) Hesíodo descreveu-o para nós: braços poderosos, pés infatigáveis, cem cabeças de serpente com línguas negras e olhos que expeliam fogo, e de todas as cabeças saiam simultaneamente terríveis sons (Hes.Th. 823-835). Outra referencia: Tifon era tão alto que a sua cabeça batia nas estrelas, os braços enormes bloqueavam os raios do sol, e carvões em brasa saíam da sua boca. Havia um dragão de cem cabeças com línguas escuras em seus ombros, e dos seus olhos labaredas dardejavam. Sons estranhos provinham dessa cabeças. Algumas vezes os deuses podiam entendê-los facilmente, mas em outras pareciam os berros de touros enfurecidos. As vezes, rosnavam como leões, no momento seguinte, como cachorrinhos.
Uniu-se a Equidna e foi pai de todos os monstros: do cão de 3 cabeças Cérbero, do lobo (ou cachorro) de 2 cabeças Ortro, da esfinge, do dragão de 100 cabeças Ládon, do dragão da Cólquida (que guardava o velocino de ouro), da hidra, de Ethon (a águia que comia o fígado de Prometeu)e da Quimera. Descontente com a derrota dos gigantes, Gaia pediu a Tifon que se insurgisse contra Zeus. Quando os deuses viram Tifon avançando em direção ao Olimpo, fugiram aterrorizados para o Egito, onde tentaram se esconder no deserto transformando-se em animais. Zeus tornou-se um carneiro, Apolo um corvo, Dionísio uma cabra, Hera se transformou em uma vaca, enquanto Afrodite tornou-se um peixe, e Ares um porco. De todos os deuses, somente Atenas teve coragem de permanecer com a sua própria forma.
Repreendido por ela por sua covardia, Zeus, por fim, resolveu combater o monstro. Enviando um raio contra Tifon, avançou contra a horrível criatura no Olimpo girando a foice que tinha sido utilizada para castrar seu avô, Urano. Mas os dois se defrontaram, Tifon facilmente desarmou Zeus e usou a sua arma para remover arrancando-lhe os nervos essenciais da consciência e os tendões dos pés e dos braços do deus. Então arrastou-o impotente e veio a trancá-lo na caverna de Corician, na Sicília, onde o imortal Zeus permaneceu incapaz de mover-se, guardado pela ira de Tifon, envolveu os músculos de Zeus em uma pele de urso e confiou-os a Delfina, uma monstra com língua de serpente, algumas vezes dita ser a própria monstra um dragão. (Há referencias que dizem que Tifon perseguiu Zeus por muitos anos e, mesmo ferido por Zeus, fez o acima citado.)
Depois, Hermes, juntamente com Pan, para evitar o desastre, recorreram a um estratagema. Entraram secretamente na caverna onde Zeus permanecia cativo e, conseguiram vencer Delfina, fazendo-a adormecer com uma flauta (Outras versões dizem que Pan teria-a assustado fazendo um enorme barulho, visto a palavra pânico derivar justamente desta habilidade de Pan). Hermes, o médico e deus dos ladrões, descobriu que os tendões tinham sido escondidos e os costurou nos membros de Zeus. Mas o combate continuou.
Zeus retomou imediatamente ao Olimpo. Montado numa biga puxada por cavalos alados, travou luta mais uma vez com Tifon. Este arremessou montanhas inteiras contra Zeus, mas o deus usou seus raios para fazer as montanhas voltarem contra o seu arremessador. Tifon fugiu e Zeus o perseguiu.
Zeus enfrentou-o com seus raios e trovões, e a violenta luta fez tremer o céu, a terra, o mar e abalou o próprio mundo subterrâneo. Venceu-o com dificuldade e atirou-o também ao Tártaro (Versões dizem que Zeus soterrou Tifon sob o Monte Etna, Hefesto (Vulcano) colocou-lhe sobre suas cabeças pesadas bigornas, impedindo-o de libertar-se. Esta foi a única vez que Júpiter (Zeus) chegou perto da derrota, e este seria o motivo da atividade vulcânica do local). E, depois dessa, Gaia finalmente sossegou... De acordo com Hesíodo, Zeus atirou Tifon no Tártaro. Lá, diz Hesiodo, Tifon permanece tão perverso quanto sempre. Em Tártaro, Tifon toma a forma de ventos furiosos que fustigam as tempestades do mar, dispersando os navios, matando marinheiros, trazendo morte e destruição às terras costeiras.

[editar] Tifon e Afrodite
Tifon, quando estava liberto, também perseguia Afrodite e Eros – filho de Ares e Afrodite e uma das forças primordiais do mundo, pois assegurava o prolongamento da espécie e a coesão interna do Cosmos. Um amor impossível unia Afrodite e Eros, mãe e filho. Um dia Tifon encontrou Eros e Afrodite em pleno amor e começou a perseguí-los. Numa fuga desesperada, pediram auxílio a todos os homens e deuses, não sendo atendidos por ninguém, que temiam a fúria de Tifon. Somente a Ninfa Amaltéia (cabra que alimentou Zeus) ajudou-os indicando o caminho do mar, onde Tifon não poderia mais perseguí-los. Entrando no reino de Poseídon finalmente livraram-se de Tifon, impossibilitado de entrar no mar por ser o deus da seca. Poseidon, para garantir a fuga, enviou dois delfins (golfinhos) amarrados com um laço de ouro. Eros e Afrodite montaram nos delfins, que os levaram para as profundezas do oceano, onde viveriam seu sonho de amor eterno e nunca mais seriam perseguidos nem pelos deuses nem pelos homens. Afrodite retornou para o seu lugar de origem, onde se protegia dos monstros que a perseguiam, mas teve que abandonar a terra firme e o contato com o mundo concreto e a realidade da matéria, tornando-se prisioneira do amor num mundo distante e irreal que era o fundo do mar. Afrodite, por tal razão, sempre foi a protetora dos marinheiros e das navegações.

Efesto




Hefesto ou Hefaísto, (conhecido como Vulcano na mitologia romana) era o deus grego do fogo, dos metais e da metalurgia. Era conhecido como o ferreiro divino. Hefesto foi responsável, entre outras obras, pela égide, escudo usado por Zeus em sua batalha contra os titãs. Construiu para si um magnífico e brilhante palácio de bronze, equipado com muitos servos mecânicos. De suas forjas saiu Pandora, primeira mulher mortal.
Casou-se com Afrodite (Vênus em Roma), porém ela lhe foi infiel, tendo vários amantes dentre eles deuses e mortais. O seu principal rival era Ares (chamado de Marte em Roma), deus da guerra. Outra versão do mito conta que Afrodite o amava realmente, e suas traições refletiam as outras faces do amor (i.e. ela lhe queria causar ciúmes, ou tinha desejos passageiros), e uma terceira ainda fala que ele divorciou-se de Afrodite e casou-se com as Cárites (ou a Cárite). Atenas, cidade que dava valor ao artesanato, estimava-o.

Expulsão do Olimpo
Hefesto foi expulso por sua mãe Hera, desgostosa de que ele fosse coxo. Davam-se várias explicações míticas para esse defeito físico. Uma delas é que Hera discutia com Zeus a respeito de Hércules e Hefesto, o mesmo tomou partido a favor da mãe. Zangado, Zeus agarrou Hefesto pelo pé e o atirou Olimpo abaixo, condenando-o assim a viver sobre a Terra, onde instalou suas oficinas na ilha de Lemnos.

Medusa


Na mitologia grega, Górgona (plural: Górgones) era a alcunha que se dava a três das filhas de Fórcis e Ceto. Seus nomes eram Medusa, "a impetuosa", Estênio, "a que oprime" e Euríale, "a que está ao largo". Como a mãe, as Górgonas eram extremamente belas e seus cabelos eram invejáveis. Todavia, eram desregradas e sem escrúpulos. Isso causou a irritação dos demais deuses, principalmente de Atena, que admirou-se de ver que a beleza das Górgonas as fazia exatamente idênticas a ela.

Medusa, obra de Bernini. Museus Capitolinos, Roma
Atena então, para não permitir que deusas iguais a ela mostrassem um comportamento tão diferente do seu, deformou-lhes a aparência, determinada a diferenciar-se. A deusa da Sabedoria transformou os belos cachos das irmãs imortais em ninhos de serpentes letais e violentas, que picavam suas faces. Transformou seus belos dentes em presas de javalis, e fez com que seus pés e mãos macias se tornassem em bronze frio e pesado. Cobrindo suas pele com escamas douradas e para terminar, Atena condenou-as a transformar em pedra tudo aquilo que pudesse contemplar seus olhos. Assim, o belo olhar das Górgonas se transformou em algo perigoso.
Envergonhadas e desesperadas por seu infortúnio, as Górgonas fugiram para o Ocidente, e se esconderem na Ciméria, o país da noite eterna.
Mesmo monstruosa, Medusa foi assediada por Possêidon, que amava Atena. Para vingar-se, Medusa cedeu e o deus dos mares fecundou com ela. Após isso, Possêidon fez com que Atena soubesse que ele tivera aquela que era sua semelhante. A deusa da Sabedoria sentiu-se tão ultrajada que tomou de Medusa sua imortalidade, fazendo-a a única mortal entre as Górgonas.
Mais tarde, Perseus, filho de Zeus e da princesa Danae, contou com a ajuda de Atena para encontrar Medusa e cortar a sua cabeça, com a qual realizou prodígios. Pois mesmo depois de morta, a cabeça continuava viva e aquele que a olhasse nos olhos se tornava pedra.

[editar] Simbolismo
Medusa seria a personificação da corrupção do próprio ego que ao encontrar diante de si mesmo não resiste e sucumbe a própria monstruosidade antes oculta.
Estênio personifica a opressão e a dúvida que assolam o espírito ignorante, isto é, sem a Sabedoria (Atena).
Euríale personifica aquilo que é desconhecido e sempre é colocado à margem da vida, porque o próprio espírito não aceita.

Hades


Hades, (Ἄιδη em grego), filho de Cronos e de Réia, irmão de Zeus e Poseidon, era um deus de poucas palavras e seu nome inspirava tanto medo que as pessoas procuravam não pronunciá-lo. Era descrito como austero e impiedoso, insensível a preces ou sacrifícios, intimidativo e distante. Invocava-se Hades geralmente por meio de eufemismos, como Clímeno (o Ilustre) ou Eubuleu (o que dá bons conselhos). Seu nome significa, em grego, o Invisível, e era geralmente representado com o elmo mágico que lhe dava essa habilidade, que ele ganhou dos ciclopes quando participou da guerra Titanomaquia contra os titãs. No fim da luta contra os titãs, vencidos os adversários, Zeus, Poseidon e Hades partilharam entre si o universo, Zeus ficou com o céu, e a terra, Poseidon ficou com os mares e Hades tornou-se o deus do inferno e das riquezas. Como reinava sobre os mortos, Hades era ajudado por outras divindades, que serão mais tarde citadas. O nome Plutão "o rico" (pois era dono das riquezas do subsolo) ou "o distribuidor de riqueza", que se tornou corrente na religião romana, era também empregado pelos gregos, e apresentava um lado bom, pois era ele quem propiciava o desenvolvimento das sementes e favorecia a produtividade dos campos. Como divindade agrícola, seu nome estava ligado a Ceres e junto com ela era celebrado nos Mistérios de Elêusis que eram os ritos comemorativos da fertilidade, das colheitas e das estações.
Era também conhecido como o Hospitaleiro, pois sempre havia lugar para mais uma alma no seu reino. Ao contrário do que algumas pessoas pensam, Hades não é o deus da morte, mas sim do pós-morte. Apenas Ares e Cronos estão relacionados com a prática da morte. Assim, Hades não é inimigo da humanidade, como o são Ares e Cronos. O deus raramente deixava seu mundo e não se envolvia em assuntos terrestres ou olímpicos. Deixou o seu reino apenas duas vezes; uma para raptar Pérsefone, a quem tomou como esposa e outra para curar-se, no Olimpo, de uma ferida provocada por Héracles.

[editar] Algumas observações
Para Hades, eram consagrados o narciso e o cipreste. O deus é representado de diversas maneiras:
Ou de cenho franzido, cabelos e barbas em desalinho, vestindo túnica e mantos vermelhos, sentado no trono e tendo ao seu lado o cão Cérbero;
Ou como deus da vegetação, com traços mais suaves;
Ou levando nas mãos uma cornucópia ou com uma coroa de ébano na cabeça, chaves na mão e sobre um coche puxado por cavalos negros.

[editar] Hades, o mundo dos mortos
Nota: Se procura pelo mundo no animê Saint Seiya, consulte Mundo dos mortos (Saint Seiya).
Na mitologia grega o Mundo dos Mortos ou simplesmente Hades, é para onde vão as almas das pessoas mortas (sejam elas boas ou más), guiadas por Hermes, o emissário dos deuses, para lá tornarem-se sombras, é um local de tristeza. O Mundo das sombras é governado por Hades, usa-se seu nome freqüentemente para designar seu mundo. No fim da luta dos Deuses Olímpicos contra os Titãs (a guerra Titanomaquia), os deuses olímpicos saíram vitoriosos, então Zeus, Poseidon e Hades partilharam entre si o universo. Zeus ficou com os céus e as terras. Poseidon ficou com os oceanos e Hades ficou com o mundo dos mortos, os titãs pediram socorro à Érebo do mundo inferior, então Zeus lançou Érebo para lá também, assim ele tornou-se a noite eterna do Hades (Érebo também é outra designação do mundo inferior). O Hades possui cinco rios: Aqueronte (rio das dores), Cócito (rio das lamentações), Erídano, Estige (rio da imortalidade), Flegetonte (rio do fogo) e Lete (rio do esquecimento).

[editar] A Entrada do Hades
Inicialmente, acreditava-se que o Hades ficava para oeste, para lá do horizonte onde começava o rio Oceano, que dava a volta ao mundo. Mais tarde, o autor Virgílio diz que sua entrada seria perto do Vesúvio, uma região vulcânica que sofre tremores e desprende um cheiro terrível vindo das profundezas. As almas mortas têm primeiro de passar por vários deuses maléficos e monstros. Independente de por onde entrarem os mortos poderiam sempre confiar em Hermes para indicar-lhes o caminho.

[editar] Caronte e o Rio Aqueronte
Antes de chegar ao Hades os mortos pegam a balsa de Caronte para atravessar o rio Aqueronte (das dores), Caronte transporta os heróis, as crianças, os ricos e os pobres, e de lá são mandadas para o Hades propriamente dito, mais Caronte é muito avarento e cobra moedas para fazer a passagem, era costume grego colocar uma moeda, chamada Óbolo, sob a língua do cadáver, para pagar Caronte pela viagem. Se a alma não pudesse pagar ficaria forçosamente na margem do Aqueronte para toda a eternidade, e os gregos temiam que pudesse regressar para perturbar os vivos, Hades ordenou-lhe que não transportasse vivos, fossem quais fossem as razões que o invocassem a atravessar o rio, ameaçando-o com um pesado castigo. Mas alguns, com muita habilidade, conseguiam enganar Caronte ou convencê-lo a abrir uma exceção. Em algumas versões em vez do rio Aqueronte aqui estaria o rio Estige, entretanto se considerarmos que o Estige é o rio da imortalidade, é mais provavél sua localização nos Campos Elísios. Na outra margem do Aqueronte ficaria Cérbero, o cão de guarda de três cabeças do mundo inferior, Cérbero era muito dócil e gentil com as almas que chegavam, mais demonstrava sua face violenta, caso elas tentassem fugir.

[editar] Geografia
Não existe descrição exata da geografia do Hades, já que os que são enviados para lá estão mortos, os heróis que o visitaram em vida como Héracles (ou Hércules para os romanos) e Orfeu fizeram juramentos que não falariam do que viram lá. Entretanto pode deduzir-se que primeiro os mortos atravessavam o rio Aqueronte, depois eram inicialmente julgados pelos juízes. Depois vinha o Tártaro (local de sofrimento onde caem os mortos maus, em outra versão Tártaro é exclusivamente onde estão aprisionados os titãs, vigiados pelos três Hecatônquiros: Coto, Briareu e Giges, sendo que os mortos caem simplesmente no mundo inferior) e Campos Elísios (o paraíso, onde caem os heróis, santos, poetas e etc.). Também haveria no Hades um "campo", um local de melancolia, explicado mais detalhadamente no final deste artigo.

[editar] Os juízes do Hades
No Hades as almas eram julgadas por três juizes, com responsabilidades específicas: Minos, tinha o voto decisivo, Éaco, julgava as almas européias e Radamanto, julgava as almas asiáticas, nem mesmo Hades interferia no julgamente deles, a não ser em raras ocasiões. Quando um morto caía no Tártaro parece que ele recebia uma punição específica, como Sísifo que foi condenado a rolar uma pedra com suas mãos até o alto de uma montanha, e toda vez que estava alcançando o topo, a pedra rolava novamente montanha abaixo até o ponto de partida. Os juízes não são deuses e sim mortos que devido à sua forte personalidade e seu senso de justiça tornaram-se juízes. Em algumas versões Hades seria o presidente do tribunal dos mortos.

[editar] O Tártaro
O Tártaro é semelhante ao inferno da mitologia cristã, em algumas versões ele possuía um largo portão de bronze que era fechado por dentro, abrindo-se apenas para dar entrada a mais uma sombra, cercado por muralhas triplas que rodeavam os condenados, e não consta que nenhum conseguisse escapar. Nele trabalhava Hécate, as Erinias, deusas da vingança (Tisífone, Megaira e Alecto), as Harpias (Aelo, Ocípite e Celeno), as Górgonas (Medusa, Esteno, e Euríale), interessante observar que as harpias e as górgonas já morreram e agora servem à Hades. Também trabalharia no Tártaro as Queres, deusas da morte violenta (Híbride, Limos e Poinê), apesar de em algumas versões as Queres trabalharem ao lado de Tânatos (enquanto Tânatos representa a morte tranqüila, as Queres representam a morte cruel, antes da hora), e em outras trabalham com Ares, deus da guerra. No Tártaro também ficaria as Moiras, três irmãs que determinavam os destinos humanos, especialmente a duração da vida de uma pessoa e seu quinhão de atribulações e sofrimentos (Cloto, Láquesis e Átropos), apesar de ser controverso se as moiras ficariam no Tártaro ou nos campos elísios, pode deduzir-se que as moiras ficariam nos campos elísios exercendo sua função junta à Perséfone, esposa de Hades, pois se cita que ninguém poderia morrer sem que Perséfone lhe cortasse o fio de cabelo que o ligava à vida. O culto de Perséfone foi muito desenvolvido na Sicília, ela presidia aos funerais. Os amigos ou parentes do morto cortavam os cabelos e os jogavam numa fogueira em honra à deusa, a ela, eram imolados cães. No Tártaro correria o rio Cócito (das lamentações), Flegetonte (do fogo) e Erídano. Hades também era ajudado por dois deuses que ficavam nos Campos Elísios (o paraíso), Tânatos, o deus da morte e Hipnos, o deus do sono. Nos campos elísios, correria o rio Estige (da imortalidade), que aparece em várias lendas e uma delas é quando a nereida Tétis tentou tornar Aquiles imortal mergulhando-o neste rio, porém, ao mergulhá-lo, segurou-o por um dos calcanhares (daí a expressão “calcanhar de Aquiles” significando ponto vulnerável), assim, esta parte ficou vulnerável, podendo levá-lo à morte.

[editar] Os Campos Elísios
Nos Campos Elísios brilhava o sol e havia cascatas de vinho, mais independente de quanto bebessem, ninguém ficava embriagado, segunda algumas versões seus habitantes ficavam aqui 1000 anos até apagar-se tudo de terreno neles, depois disto esqueciam toda a sua vida (provavelmente bebendo do rio Lete) e reencarnavam ou realizavam metempsicose - reencarnar em animais. Os mortos dos campos elísios podem voltar à Terra, mais como sua nova vida é tão boa, raramente o fazem, mesmo por pouco tempo. Hades moraria em um palácio nos campos elísios com sua esposa Perséfone, circundado por um bosque de álamos e salgueiros estéreis. O solo era recoberto de "asfódelo", planta das ruínas e dos cemitérios. Lá havia um vale por onde corria o rio Lete e onde as almas dos que iam voltar a Terra esperavam por um corpo, no momento devido. Em algumas versões o palácio de Hades ficava junto ao tribunal de julgamento.

[editar] Os Três Caminhos
Em outras versões, existem três caminhos para onde os mortos eram enviados, após julgados:
1º Caminho
Campo
O 1º caminho é uma éspecie de "campo", uma região de nevoeiros e de árvores assustadoras. Aqui está a Planície dos Narcisos, mais além estão os campos verdes do Érebo, em algumas versões aqui está o Rio Lete (apesar de ser mais aceito ele nos Campos Elísios). Aqui estão os mortos menos afortunados. Não sofriam tormentos especiais a não ser a tristeza, muitos fugiriam se pudessem.
2º Caminho
Campos Elísios
3º Caminho
Tártaro

[editar] Ligações externas
Hades, Senhor do Mundo Inferior

Minotauro


Na Mitologia grega, o Minotauro era uma criatura meio homem e meio touro. Ele morava no Labirinto, que foi elaborado e construído por Dédalo, a pedido do rei Minos, de Creta, para manter o Minotauro. O Minotauro foi eventualmente morto por Teseu.
Minotauro é o grego para Touro de Minos. O touro também era conhecido como Asterião (ou Astérios), nome compartilhado com o pai adotivo de Minos.

Teseu em batalha com o Minotauro

[editar] A história de Minos
Antes de Minos tornar-se rei, ele pediu ao deus grego Poseidon por um sinal, para assegurar-lhe que ele, e não seu irmão, assumiria o trono. Poseidon concordou em enviar um touro branco na condição de que Minos sacrificasse o touro de volta ao deus. De fato, um touro, de incomensurável beleza, saiu inexplicavelmente do mar. Minos, após vê-lo, achou-o tão belo que, ao invés dele, sacrificou outro touro, esperando que Poseidon não notasse. Poseidon ficou furioso quando notou o que havia sido feito, e fez com que a esposa de Minos, Pasífae, fosse dominada por uma loucura e que se apaixonasse pelo touro. Pasífae foi até Dédalo em busca de assistência, e ele inventou uma maneira dela satisfazer suas paixões. Ele construiu uma vaca oca de madeira,e encobriu Pasífae com pele de vaca para que o touro pudesse montar nela. O resultado dessa união foi o Minotauro. Em algumas considerações, o touro branco tornou-se o Touro de Creta, capturado por Hércules em um de seus doze trabalhos.
O Minotauro tinha corpo de homem e a cabeça e cauda de touro. Era uma criatura selvagem, e Minos, após receber um conselho do Oráculo de Delfos, mandou Dédalo construir um labirinto gigante para conter o Minotauro. Este foi localizado sob o palácio de Minos em Cnossos. Porém, ocorreu que Androceu, filho de Minos, foi morto pelos atenienses, que invejaram suas vitórias no festival panatinaico. Para vingar a morte de seu filho, Minos declarou guerra contra Atenas e venceu. Ele então ordenou que sete jovens e sete damas atenienses fossem enviados anualmente para serem devorados pelo Minotauro. Quando o terceiro sacrifício veio, Teseu voluntariou-se para ir e matar o monstro. Ariadne, filha de Minos, apaixonou-se por Teseu e o ajudou entregando-lhe uma bola de linha de costura para que ele pudesse sair do labirinto. Teseu matou o Minotauro com uma espada mágica que Ariadne havia lhe dado e liderou os outros atenienses para fora do labirinto. (Plutarco, Teseu, 15—19; Diodo. Sic. i. I6, iv. 61; Apolodoro iii. 1,15). Minos, irado por Teseu ter conseguido escapar, aprisionou Dédalo e o filho deste, Ícaro, no labirinto. Eles conseguiram escapar construindo dois pares de asas para si mesmos usando penas e cera de abelha para grudá-las. Ícaro ficou tão encantado que voou cada vez mais alto, chegando perto do Sol, o que fez derreter a cera e provocou sua queda mortal sobre o que hoje é o mar Egeu.
A origem da lenda do minotauro pode estar relacionada à importância do touro no ritual minoano. Os prédios minoanos eram enfeitados com chifres de touro e as tampas das ampulhetas eram revestidas com o couro do touro. Afrescos antigos mostram jovens minoanos saltando sobre chifres de touros, como um tipo de esporte.
Algumas vezes o Minotauro é representado como um touro com torso humano ao invés da cabeça, como uma versão taurina do Centauro


A Hidra de Lerna era um animal fantástico da mitologia grega com inúmeras cabeças de serpente (diferentes versões dizem ser 7, 8, 9 ou até 10 cabeças) que se regeneravam (ou seja, matava-se uma e surgia pelo menos mais uma em seu lugar) e corpo de dragão, cujo hálito era venenoso. Uma das cabeças era imortal. Foi derrotada por Hércules em um de seus doze trabalhos, que atirou uma pedra na cabeça imortal ou, em outras versões, destruiu cada cabeça e, para não se regenerarem, pediu a seu sobrinho Jolau para queimar cada cabeça após ser cortada para que não se regenerasse. Segundo a tradição, o monstro foi criado por Hera para matar Hércules. Quando percebeu que Hércules iria matar a serpente, Hera enviou-lhe ajuda – um enorme caranguejo-, mas Hércules pisou-o e o animal converteu-se na constelação de caranguejo (ou Câncer). Hércules, após a matar, aproveitou para banhar suas flechas em seu sangue, para as deixar venenosas também

Apolo


Apolo, filho de Zeus e Leto, e irmão gémeo de Ártemis, deusa da caça, era um dos mais importantes e multifacetados deuses do Olimpo. Nas mitologias grega, romana e etrusca, Apolo foi identificado como o deus da luz e do sol, da verdade e da profecia, do pastoreio, do tiro com arco, da beleza, da medicina e da cura, da música, da poesia e das artes.
A partir do século III também foi identificado com Hélios, deus do sol, pois era antes o deus da luz, e por paralelismo a sua irmã foi identificada com Selene, a deusa da lua. Mais tarde ainda, foi conhecido principalmente como uma divindade solar.
Sendo o patrono do Oráculo de Delfos, era o deus dos adivinhos e profetas. Sua ligação com a Medicina se fazia pelo seu poder de atrair pragas e a morte súbita, e também através de seu filho Asclépios. Possuindo no mito um rebanho de gado, era o deus dos pastores e defensor dos rebanhos e manadas. Protegia os colonos em terras estrangeiras, liderava as Musas e era o diretor de seu coro. Recebendo de Hermes a lira, firmou sua posição como o deus da Música, e era homenageado com uma forma especial de hino, o peã. Finalmente, Apolo é o deus dos jovens rapazes, ajudando na transição para a idade adulta. Assim, ele é sempre representado como um jovem, frequentemente nu, para simbolizar a pureza e a perfeição.
Apolo representa a harmonia, a moderação, a ordem e a razão, em contraste complementar a Dionísio, o deus do êxtase e da desordem.

poseidon


Na mitologia grega, Posídon (em grego antigo Ποσειδῶν) assumiu o estatuto de deus supremo do mar, conhecido pelos romanos como NeptunoPE ou NetunoPB e pelos etruscos por Nethuns. Também era conhecido como o deus dos terremotos e dos cavalos. Os símbolos associados a Posídon com mais freqüência eram o tridente e o golfinho.

[editar] Mito
Como primeiro filho de Cronos e Réia era um dos principais deuses do Olimpo e, de acordo com certas tradições, é irmão mais velho de Zeus. Primordialmente Zeus terá obrigado seu pai Cronos a regurgitar e restabelecer a vida aos filhos que este sistematicamente engolia, e entre os salvos está Posídon, explicando assim Zeus como o irmão mais novo.
Posídon fora criado entre os Telquines, os demónios de Rodes. Quando atinge a maturidade, ter-se-á apaixonado por Hália, uma das irmãs dos Telquines, e desse romance nascem seis filhos e uma filha, de nome Rodo, daí o nome da ilha de Rodes.
Em uma famosa disputa entre Posídon e Atena para decidir qual dos dois seria o padroeiro de Atenas, ele atirou uma lança ao chão para criar a fonte da Acrópole. Entretanto, Atena conseguiu superá-lo criando a oliveira.
Na Ilíada, Posídon aparece-nos como o deus supremo dos mares, comandando não apenas as ondas, correntes e marés, mas também as tempestades marinhas e costeiras, provocando nascentes e desmoronamentos costeiros com o seu tridente. Embora seu poder pareça ter se estendido às nascentes e lagos, os rios, por sua vez, têm as suas próprias deidades, não obstante o facto de que Posídon fosse dono da magnífica ilha de Atlântida (Atlantis).
Geralmente, Posídon usava a água e os terremotos para exercer vingança, mas também podia apresentar um caráter cooperativo. Ele auxiliou bastante os gregos na Guerra de Tróia, mas levou anos se vingando de Odisseu, que havia ferido a cria de um de seus ciclopes.

Posídon, 550–525 a.C. – peça depositada no Louvre
Os navegantes oravam a ele por ventos favoráveis e viagens seguras, mas seu humor era imprevisível. Apesar dos sacrifícios, que incluíam o afogamento de cavalos, ele podia provocar tempestades, maus ventos e terremotos por capricho. Como Zeus, projetava seu poder e a sua masculinidade sobre as mulheres, tendo muitos filhos.
Considerando que as inúmeras aventuras amorosas de Posídon foram todas frutíferas em descendentes, é de notar que, ao contrário dos descendentes de seu irmão Zeus, os filhos do deus dos mares, tal como os de seu irmão Hades, são todos maléficos e de temperamentos violentos. Alguns exemplos: de Teosa nasce o ciclope Polifemo; de Medusa nasce o gigante Crisaor e o cavalo alado, Pégaso; de Amimone nasce Náuplio; com Ifimedia, nascem os irmãos gigantes Oto e Efialtes (os Aloídas), que chegaram mesmo a declarar guerra aos deuses. Por sua vez, os filhos que teve com Halia cometeram tantas atrocidades que o pai teve de os enterrar para evitar-lhes maior castigo.
Casou ainda com Anfitrite, de quem nasceu o seu filho Tritão, o deus dos abismos oceânicos, que ajudou Jasão e os seus argonautas a recuperar o Velo de ouro

Cerberus


A descrição da morfologia de Cérbero nem sempre é a mesma, havendo variações. Mas uma coisa que em todas as fontes está presente é que Cérbero é um cão que guarda as portas do Inferno, não impedindo a entrada e sim a saída. Quando alguém chegava, Cérbero fazia festa, era uma criatura adorável. Mas quando a pessoa queria ir embora, ele a impedia; tornando-se um cão feroz e temido por todos. Os únicos que conseguiram passar por Cérbero, saindo vivos do Inferno, foram Héracles, Orfeu, Enéias e Psiquê.
Cérbero era um cão com várias cabeças, não se têm um número certo, mas na maioria das vezes é descrito como tricéfalo. Sua cauda também não é sempre descrita da mesma forma, às vezes como de dragão, como de cobra ou mesmo de cão. Às vezes, junto com sua cabeça são encontradas serpentes saindo de seu pescoço, e até mesmo de seu tronco.

O monstro tricéfalo Cérbero presidindo sobre o terceiro ciclo infernal, aquele dos glutãos e dos epicúrios; uma aquarela do londrino William Blake (1757-1827); National Gallery of Victoria, Austrália.
Quanto à vida depois da morte, os gregos acreditavam que a morada dos mortos era o Hades, que levava o nome do deus que o regia, ao lado de Perséfone. Hades era irmão de Zeus. Localizava-se nos subterrâneos, rodeado de rios, que só poderiam ser atravessados pelos mortos. Os mortos conservavam a forma humana, mas não tinham corpo, não se podia tocá-los. Os mortos vagavam pelo Hades, mas também apareciam no local do sepultamento. Havia rituais cuidadosos nos enterros, e os mortos eram cultuados, principalmente pelas famílias em suas casas. Quando os homens morriam eram transportados, na barca de Caronte para a outra margem do rio Aqueronte, onde se situava a entrada do reino de Hades. O acesso se dava por uma porta de diamantes junto a qual Cérbero montava guarda.
Para acalmar sua fúria, os mortos que no Inferno residiam jogavam-lhe um bolo de farinha e mel que os seus entes queridos haviam deixado no túmulo.
Seu nome, Cérbero, vem da palavra Kroboros, que significa comedor de carne. Cérbero comia as pessoas, um exemplo disso na mitologia, é Piritoo, que por tentar seduzir Perséfone, mulher de Hades e filha de Deméter, deusa da fertilidade da terra, foi entregue ao cão. Como castigo Cérbero comia o corpo dos condenados.
Cérbero era filho de Tífon (ou Tifão) e Equídina. Cérbero era irmão de Ortros e da Hidra de Lerna. Da sua união com Quimera, nasceram o Leão de Neméia e a Esfinge

ZEUS


Na mitologia grega Zeus era deus do céu e da Terra, senhor do Olimpo, deus supremo. Conhecido pelo nome romano de Júpiter.
Filho mais novo dos titãs Cronos e Réia. Seus irmãos eram: Poseidon, Hades, Deméter, Héstia e Hera, era casado com Hera, e pai de diversos deuses, como Atena, Artemis e Apolo.
Zeus sempre foi considerado um deus do tempo, com raios, trovões, chuvas e tempestades atribuídas a ele. Mais tarde, ele foi associado à justiça e à lei. Havia muitas estátuas erguidas em honra de Zeus, a mais magnífica era a sua estátua em Olímpia, uma das sete maravilhas do mundo antigo. Originalmente, os jogos olímpicos eram realizados em sua honra.
Durante muito tempo quem governou a Terra foi Urano (o Céu). Até que foi destronado por Cronos, seu pai. Então Urano profetizou que Cronos também seria destronado por um de seus filhos.
Cronos era casado com Réia, e quando seus filhos nasciam ele os devorava. Assim aconteceu com Hera, Hades, Poseidon, Héstia e Demeter. Quando nasceu o sexto filho, Réia decidiu salvá-lo, com a ajuda de Gaia (a Terra) que desgostava Cronos porque ele aprisionou os Hecatônquiros no Tártaro, temendo seu poder, esses gigantes possuíam cem braços e cinquenta cabeças.
Gaia leva Réia para parir secretamente esse filho na Caverna de Dicte (em outras versões foi no Monte Ida) em Creta. Lá Reia dá seu filho que se chama Zeus (tesouro que reluz) aos cuidados de Gaia e das Ninfas da Floresta (em outras versões Zeus fica com os centauros), Zeus cresceu alimentado pela cabra Amalteia. Quando ela morreu, ele usou a sua pele para fazer um escudo conhecido por Égide. Logo Réia retorna ao Palácio de Cronos, local onde Reia e seu esposo viviam e enrola em panos uma pedra e começa a fingir um parto, depois dá ao seu marido esse embrulho e ele o engole achando ser o sexto filho. Em outras versões Réia dá um potro a Cronos.

Uma reconstrução da Estátua de Zeus, de Fídias, num desenho de Maarten van Heemskerck
Quando chegou à idade adulta enfrentou o pai. Zeus difarçou-se de viajante, dando-lhe a Cronos uma bebida que o fez vomitar todos os filhos que tinha devorado, agora adultos. Após libertar os irmãos, iniciou a guerra Titanomaquia. Cronos procurou seus irmãos para enfrentar os rebeldes, que reuniram-se no Olimpo. A guerra duraria 100 até que seguindo um conselho de Gaia, Zeus liberta os Hecatônquiros, então os deuses olímpicos venceram e aprisionaram os titãs no Tártaro, em outras versões os aprisionaram embaixo de montanhas. Então partilhou-se o universo, Zeus ficou com o céu e a Terra, Poseidon ficou com os oceanos e Hades ficou com o mundo dos mortos.

[editar] Filhos
Com Hera, Zeus foi pai de Hefesto, deus do fogo; Hebe, deusa da juventude, Ares, deus da guerra e Ilítia, deusa dos partos. Antes de desposar Hera, foi pai de Atena, com sua primeira esposa Métis, e com sua irmã Deméter teve Perséfone.
Apesar de casado com Hera, Zeus tinha inúmeras amantes (as paixões de Zeus). Usava dos mais diferentes artifícios de sedução, como a metamorfose em qualquer objeto ou criatura viva, sendo dois dos mais famosos o cisne de Leda e o touro de Europa. Assim sendo, teve muitos filhos ilegítimos com deusas e mulheres mortais, que se tornaram proeminentes na mitologia grega – Heracles e Helena, por exemplo.